Backup é como água: não dá pra viver sem ele

Acredite: seus arquivos armazenados no computador valem muito mais do que todo o equipamento. Duvida disso? Então tente imaginar a quantidade de horas que você gastou elaborando planilhas, relatórios, apresentações… Some a isso o valor inestimável das lembranças guardadas por meio de fotos e vídeos. Não tem preço, claro! Mas, por que a maioria das pessoas ainda se preocupa tão pouco em manter cópias de segurança (backup)?

É uma coisa difícil de explicar. Acredito que toda essa resistência está associada a suposições do tipo “fazer backup dá trabalho” ou “não tenho tempo para manter tudo isso organizado”. Sim, manter um arquivo com diversas versões do mesmo documento exige uma boa dose de dedicação se não existissem programas que fizessem isso por você.

Antes que você resmungue e diga que não vai gastar dinheiro com isso, aviso: o programa é totalmente gratuito e muito fácil de usar. Antes de baixá-lo, você precisa definir onde vai armazenar seu backup. Que tal o melhor HD externo? Qualquer modelo com 320 Gb ou 500 Gb é mais do que o suficiente. O segredo para não ter que comprar mais de um HD é manter arquivos pesados como vídeos e músicas no formato MP3 num arquivo à parte, que pode ser feito com DVDs graváveis.

O programa que vai revolucionar a sua vida chama-se Genie Timeline Home. Não vou perder tempo explicando como instalar, pois ele é muito fácil de configurar. Tudo que você precisa fazer é informar quais pastas e tipos de arquivos serão permanentemente acompanhandos pelo programa. Sempre que você criar um arquivo, ele fará automaticamente um cópia de segurança no local que você definiu (em seu HD externo, por exemplo). Você pode configurar também a quantidade de versões que serão criadas. Lembre-se: quanto maior o número de versões, maior será o espaço em disco exigido.

Em caso de pane ou erro no arquivo, tudo pode ser restaurado rapidamente. Para aumentar a segurança, evite sair por aí com o seu HD externo de emergência. Outra aviso importante: evite usar sua conta do Google ou qualquer outro serviço online gratuito como único recurso de backup. Lembre-se de que serviços como o Gmail são oferecidos como cortesia. Na prática, o fornecedor não é obrigado zelar pela segurança dos seus arquivos pessoais.

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A experiência latino-americana: reflexões sobre erros e acertos

Momentos de forte crescimento econômico intercalados por estagnação. O chamado “Stop and Go”, que é uma característica da economia dos países latino-americanos, é fruto das escolhas dos governos cujos impactos atingem a curto e longo prazos toda a cadeia produtiva.

A adoção de uma estratégia de investimentos em educação e tecnologia, como assim o fez os países mais avançados ao longo de sua história, seria a solução mais sensata para minimizar graves problemas enfrentados. A educação é a chave para o desenvolvimento de um país e também é uma opção de longo prazo, com projetos e decisões que, sejam vistas como pacto entre políticos, independente de correntes ideológicas, e a sociedade. Na edição dessa semana da coluna Logística Portuária vamos analisar a experiência industrial latino-americana.

Vale lembrar que, os países latino-americanos, em especial os que compõem o chamado Cone Sul – Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai – têm sua industrialização iniciada a partir da matriz agropecuária. O processo de industrialização na América Latina é resultado direto dos impactos da crise de 1929. O Brasil, por exemplo, era um dos maiores exportadores de café do planeta naquela ocasião, o que representava 70% das exportações do país e responsável por 60% das vendas internacionais.

Com a crise, o governo Vargas comprou, a titulo de indenização, e queimou parte da produção – 18 milhões de sacas de café – na expectativa que a situação internacional melhorasse. A vizinha Argentina, grande exportadora de carne, registrou nesse período uma queda catastrófica com suas exportações caindo pela metade. A grande lição tirada com a crise de 1929 para a região foi o desenvolvimento do projeto de substituição de importações, ou seja, investimentos massivos na industrialização.

A atividade industrial se converteu no grande motor do crescimento entre 1945 a 1976 e atrelado a isso veio criação de emprego e acumulação de capital. Nessa mesma fase, a transferência de tecnologia através de participação de empresas estrangeiras foi uma ferramenta eficaz. No Brasil as joint ventures, no chamado modelo tripartite, com participação igualitária de governo, empresa nacional e estrangeira, propiciou o desenvolvimento da indústria petroquímica nacional.

O modelo só foi alterado em 2001 com as privatizações, quando foi preciso uma reestruturação das empresas do setor buscando a modernização. Dessa fase surge a Braskem, que se torna um empreendimento modelo de cadeia global de valor para a América Latina.

Focar a produção industrial para o mercado interno foi uma das características do desenvolvimento industrial latino-americano, fazendo uso de medidas protecionistas e subsídios para salvaguardar os interesses da indústria nacional. Se por um lado a proteção foi algo prioritário, por outro representou o atraso, com oferta de produtos a preços altos e baixa qualidade.

O baixo investimento em tecnologia e educação contribuiu para piorar a situação e aumentar o abismo sócio econômico em que os países da região se veem mergulhados.

Na maioria das nações avançadas, a industrialização é pressuposto de mudanças profundas na sociedade a partir de investimentos expressivos em ciência e tecnologia. Mais de 50% do crescimento econômico nesses países deriva da inovação tecnológica.

Outros fatores negativos para a América Latina são os elevados impostos, alto grau de corrupção e os impactos dos problemas financeiros oriundos de crises econômicas, inflação e estagnação.

Atualmente, a utilização de commodities como carro-chefe das exportações tem gerado a chamada doença holandesa, que contribui para o processo de desindustrialização, mais acirrado a cada dia com a competição da indústria chinesa.

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